Tenho os olhos tapados
Por entre sonhos que almejo.
E alguns puderes bem disfarçados.
Ai vida, que quantidade de palavras
Dispersas e libertadas
Providencias ao povinho, escravo de ti.
Ai vida, pequena ou grande
Maravilhosa ou odiosa
És a prova de que ainda não morri.
A ironia e a fantasia dão as mãos
Quando percebo que a veia poética não desapareceu
Tal como a vida, ela mudou
Mas continua a ser o reflexo exacto do que sou.
Ai vida, continua a mudar
Sê constante e contrastante mudança
Sê reflexo da minha ténue satisfação
Sê reflexo da minha frágil esperança
E continua a alimentar a minha inspiração.
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