segunda-feira, 2 de novembro de 2009


De palmas bem abertas vives
De pão raro te alimentas
Nada nesta vida te ajuda a ser feliz
A tua vida é um mar de tormentas.

És símbolo do nossos próprios erros.
És causa e efeito do que quisemos de ti
Pobre criança não tens culpa
A tua vida não devia ser assim.

Esse olhar triste entristece-me
Esse desespero por um bocado de pão revolta
Não és a criança que devias ser
Não vives como devias: à solta.

Prendemos-te nós, criança
Nós, povinho insignificante e egocêntrico
Criança és a prova da nossa estupidez
Criança, não existe ser tão autêntico.

Sobrevives como podes
E ainda és tão pequenina para sofrer...
Devíamos dedicar-te a ti a nossa vida
Mais do que nós, tu mereces viver.


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