Olá, há quanto
tempo não te escrevia
Com toda esta
fúria que me caracteriza
Sabes como sou,
mergulhado numa enorme folia
Sou esse louco
que tanto consegue gritar, como poetiza.
E sabes também,
Porque me
conheces melhor que ninguém
Que sei que és
das poucas que me quer bem.
Mergulho-me em
sentimentos por ti a cada dia que passa
Umas vezes odeio-te, outras amo-te, outras escrevo-te
Às vezes consigo
sentir fúria contra ti
Outras consigo
sentir tanto agrado em te viver
Que isso ocupa
toda e qualquer porção do meu ser.
Quero continuar a
caminhar contigo ao meu lado
E sei que só
desaparecerás de mim quando respirar pela ultima vez
Não sei para
quando tens esse momento reservado,
Mas penso que se
o pudesse saber por antecipação
Nada disto, vida,
o viveria com o mesmo alento
E não de todo o
viveria com a mesma satisfação.
Gosto de beber
tragos de ti, seguindo o vento
De sugar o teu
tutano.
À medida que os
anos se vão sucedendo
Eu vou-te vivendo
E transformo em
lição cada dano.
Por isso não
desistas de mim, por favor
Continua a ser
assim, desiquilibrada que só se equilibra com furor
Continua a fazer
o meu coração bater a ritmo desordenado
Porque é a única forma
de eu poder seguir escrevendo poemas
É a única forma
de a minha poesia ter temas
Sejam eles amor,
euforia, alegria ou dilemas.
Continua assim
Dando-me razões
no meio do frenesim
Para que tenha
vontade de te respirar
De te retribuir
com tudo o que tenho para dar
De fazer com que
cada pedaço de ar
Que liberto na
minha respiração
Seja libertado
por uma razão.
Com amor, e
esperando tua resposta. João
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