sexta-feira, 28 de junho de 2013

Carta à vida


Olá, há quanto tempo não te escrevia
Com toda esta fúria que me caracteriza
Sabes como sou, mergulhado numa enorme folia
Sou esse louco que tanto consegue gritar, como poetiza.
E sabes também,
Porque me conheces melhor que ninguém
Que sei que és das poucas que me quer bem.
Mergulho-me em sentimentos por ti a cada dia que passa
Umas vezes odeio-te, outras amo-te, outras escrevo-te
Às vezes consigo sentir fúria contra ti
Outras consigo sentir tanto agrado em te viver
Que isso ocupa toda e qualquer porção do meu ser.
Quero continuar a caminhar contigo ao meu lado
E sei que só desaparecerás de mim quando respirar pela ultima vez
Não sei para quando tens esse momento reservado,
Mas penso que se o pudesse saber por antecipação
Nada disto, vida, o viveria com o mesmo alento
E não de todo o viveria com a mesma satisfação.
Gosto de beber tragos de ti, seguindo o vento
De sugar o teu tutano.
À medida que os anos se vão sucedendo
Eu vou-te vivendo
E transformo em lição cada dano.
Por isso não desistas de mim, por favor
Continua a ser assim, desiquilibrada que só se equilibra com furor
Continua a fazer o meu coração bater a ritmo desordenado
Porque é a única forma de eu poder seguir escrevendo poemas
É a única forma de a minha poesia ter temas
Sejam eles amor, euforia, alegria ou dilemas.
Continua assim
Dando-me razões no meio do frenesim
Para que tenha vontade de te respirar
De te retribuir com tudo o que tenho para dar
De fazer com que cada pedaço de ar
Que liberto na minha respiração
Seja libertado por uma razão.


Com amor, e esperando tua resposta. João

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