quarta-feira, 12 de junho de 2013

Bombardeamento



Olhem-me bem para isto
Que turbilhão, que confusão, que misto
Que mistura de informação
Que nem sincronizada está com a razão.

Ai com que então
O amor é um misto de reacções químicas fortes
Pois eu digo que se trata de diversos cortes
No fluxo sanguíneo
Na implusão que o pobre coração emite
Para os demais órgãos.
E por isso, apenas por isso
O amor acaba por partir da zona cerebral
Encarnar no resto da massa corporal
E afectar o coração em si mesmo
Qual órgão que está intimamente ligado a toda reacção amorosa
Que explode e afecta o ritmo cardíaco.

Gostava eu próprio de perceber o que estou para aqui a escrever
Gostava tanto de perceber
Porque tentamos definir o amor
Quando ele apenas consegue ser puro sem qualquer sentido
Senão o prazer de ser vivido.

E a felicidade, essa
Permanece outra intrigante e emocionante peça
Que ninguém percebe que é apenas constituída de memórias
Histórias e estórias
De desilusões que nos ensinam
E de deliciosas glórias.

O amor é isto
Ligado intimamente à felicidade
Mas ninguém consegue aproveitar a segunda sem o primeiro
Daí o facto tão raro de alguém dizer ser feliz.
Pois eu digo
Não o é porque pode ter amado e amor não quis
Não o é como eu não o sou hoje
Porque o amor está perante nós mas foge
Se não tivermos a coragem de perceber que ele está mesmo à nossa frente

Eu já fui feliz, hoje sou apenas a espaços, contente...

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