sexta-feira, 28 de junho de 2013

Carta à vida


Olá, há quanto tempo não te escrevia
Com toda esta fúria que me caracteriza
Sabes como sou, mergulhado numa enorme folia
Sou esse louco que tanto consegue gritar, como poetiza.
E sabes também,
Porque me conheces melhor que ninguém
Que sei que és das poucas que me quer bem.
Mergulho-me em sentimentos por ti a cada dia que passa
Umas vezes odeio-te, outras amo-te, outras escrevo-te
Às vezes consigo sentir fúria contra ti
Outras consigo sentir tanto agrado em te viver
Que isso ocupa toda e qualquer porção do meu ser.
Quero continuar a caminhar contigo ao meu lado
E sei que só desaparecerás de mim quando respirar pela ultima vez
Não sei para quando tens esse momento reservado,
Mas penso que se o pudesse saber por antecipação
Nada disto, vida, o viveria com o mesmo alento
E não de todo o viveria com a mesma satisfação.
Gosto de beber tragos de ti, seguindo o vento
De sugar o teu tutano.
À medida que os anos se vão sucedendo
Eu vou-te vivendo
E transformo em lição cada dano.
Por isso não desistas de mim, por favor
Continua a ser assim, desiquilibrada que só se equilibra com furor
Continua a fazer o meu coração bater a ritmo desordenado
Porque é a única forma de eu poder seguir escrevendo poemas
É a única forma de a minha poesia ter temas
Sejam eles amor, euforia, alegria ou dilemas.
Continua assim
Dando-me razões no meio do frenesim
Para que tenha vontade de te respirar
De te retribuir com tudo o que tenho para dar
De fazer com que cada pedaço de ar
Que liberto na minha respiração
Seja libertado por uma razão.


Com amor, e esperando tua resposta. João

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Mariposas



Acordei com borboletas
A voar no meio da minha cabeça
A bater as asas como se isso mudasse o Mundo
A voar a 318 metros por segundo.

Esta noite voei com elas
Sonhei com algo de que não me lembro
Mas me fez acordar com um sorriso feliz
E por uma vez, nem esforço para isso fiz.

Vou agora esperar que as borboletas voltem
E comigo fiquem em permanência
Vou esperar que elas me façam companhia
E que me permitam de viver em harmonia.

Estas borboletas são sonhos
Estes sonhos, desejos
E estes desejos... hum... são os teus beijos.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Vamos lá



Vamos lá, deixa lá de pensar nela
Tão racional tão bela
Que tanta felicidade te conseguiu dar
A quem tanto consegues amar
A quem tanto ajudaste a mudar
A essa mulher tão rara.

Vamos lá, deixa lá essa vontade
Cruel para a tua idade
De te privares do prazer carnal
Apenas para permanecer numa relação banal.

Vamos lá, não faças a barba, esquece
Essa mulher é a tua musa
Sabes que por mais que procures
Não há ninguém que te seduza
Como ela te seduziu.

Volta para ela
Se ela não fez ainda as malas
E partiu
Para os braços de outro homem.

Vamos lá, foste estúpido mas nada mais tens a perder

Só tens uma vida, e nesta vida, é ela a tua mulher.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Quarto crescente



Se apaixonar-me é pecado
Isso também não é grave
Não ponho a paixão de lado
Até porque sou um natural pecador.

Tu apareceste quando não esperava
Para colocar duvidas indecifráveis na minha mente
Quando a esperança já não me acalentava
Quando a minha fé se tornava dor.

E apareceste, tal como a lua aparece a cada noite
Estas neste momento em quarto crescente
Estas a apoderar-te de mim, sem eu evitar
Sem eu querer evitar esta tão forte corrente.

Esperemos que no fim isto não seja uma cascata
Esperemos que eu alcance a felicidade que mereça
O amor não so pode aleijar como mata
Qualquer sinal de razão em minha cabeça.

Ainda não te amo
É demasiado cedo para o dizer
Talvez sinta paixão, isso sim
Sei apenas que ja és uma importante parte de mim.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Está trevoada, e eu dividido




Hoje está trevoada, e eu dividido
Está trevoada até no meu pensamento
Ainda que eu até me sinta num bom momento.

Por sentir divisão não me sinto perdido
Sinto-me apenas com receio dar um passo em frente
E perceber que esse passo me pode fazer cair de repente.

Maldita blocagem que não me deixa perceber o que ela sente
Se me quer também, se lhe sou querido
Hoje está trevoada, e eu dividido.

Hoje está trevoada, e eu dividido
Como se me encontrasse dos dois lados do trovão
E não soubesse em qual deles ficou o meu coração.

Hoje está trevoada, e eu dividido
Entre a vontade de querer voltar ao passado
E o desejo de abraçar o futuro com agrado.

Era bom poder viver a saber o que o futuro tem reservado
Mas o futuro não pode ser exigido...
Hoje está trevoada e eu dividido.

Hoje está trevoada e eu dividido
Mas demasiadas vezes tenho fugido
Hoje és minha, e a solidão que tenho vivido
Graças a ti, não mais faz sentido.

sábado, 15 de junho de 2013

Fado este



Fado este de minha vida
Tentativa de sarar a ferida
De encontrar uma saída
Para uma qualquer sombra reconhecida
Nas patentes assombrosas gentes.

Tentei ser eu o mais tempo que pude
Mas esta vida já não mais me ilude
Esta aprazível sensação de tristeza
Não me traz qualquer tipo de riqueza
Mas a tua beleza,
Tanto exterior como interior
Faz-me pensar que as cartas estão em cima da mesa
Para que o meu futuro seja melhor.

Só quero que me continues a sorrir
Quero o teu amor
Quero o teu agrado
Quero ouvir contigo este fado.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Bombardeamento



Olhem-me bem para isto
Que turbilhão, que confusão, que misto
Que mistura de informação
Que nem sincronizada está com a razão.

Ai com que então
O amor é um misto de reacções químicas fortes
Pois eu digo que se trata de diversos cortes
No fluxo sanguíneo
Na implusão que o pobre coração emite
Para os demais órgãos.
E por isso, apenas por isso
O amor acaba por partir da zona cerebral
Encarnar no resto da massa corporal
E afectar o coração em si mesmo
Qual órgão que está intimamente ligado a toda reacção amorosa
Que explode e afecta o ritmo cardíaco.

Gostava eu próprio de perceber o que estou para aqui a escrever
Gostava tanto de perceber
Porque tentamos definir o amor
Quando ele apenas consegue ser puro sem qualquer sentido
Senão o prazer de ser vivido.

E a felicidade, essa
Permanece outra intrigante e emocionante peça
Que ninguém percebe que é apenas constituída de memórias
Histórias e estórias
De desilusões que nos ensinam
E de deliciosas glórias.

O amor é isto
Ligado intimamente à felicidade
Mas ninguém consegue aproveitar a segunda sem o primeiro
Daí o facto tão raro de alguém dizer ser feliz.
Pois eu digo
Não o é porque pode ter amado e amor não quis
Não o é como eu não o sou hoje
Porque o amor está perante nós mas foge
Se não tivermos a coragem de perceber que ele está mesmo à nossa frente

Eu já fui feliz, hoje sou apenas a espaços, contente...

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Desejo



Que pontaria que tu tens
Ao aparecer exactamente no momento
Em que tanta mistura vai em minha cabeça.
Tenho os neurónios reféns,
Prisioneiros do meu pensamento
Que se reteve em ti desde o dia em que tudo começa.

Ainda me lembro,
Não estavas sozinha, não,
Mas consegui apenas em ti reter a minha atenção
Nos teus olhos, no teu sorriso,
E desde esse mágico momento, isolado
Penso que é de uma mulher assim que eu preciso
Para ter ao meu lado.

Foi estranho, eu considerei estranho
Porque ambos tinhamos vontade de nos falarmos, olharmos, tocarmos
Mas havia ali uma barreira
Não que fazê-lo fosse uma asneira
Ficas agora a saber que não é que eu não queira
Quero-te, mas quero tantas coisas mais...
Que queria ter a certeza absoluta
Que tu vales a pena a luta
Que lutar por ti não seja sofrimento demais
Porque disso eu já tive que chegue
Está na altura de o meu coração ser entregue

A quem faça desse amor algo bem empregue.

domingo, 9 de junho de 2013

My heart is in a coma

My heart is in a coma
Do you want the truth?
My heart is in a coma
Paralyzed because of you.

I don’t know if I should leave
Or if I should live.
Instead of this breathtaking felling
I should be in rehab, for self-healing.

Should I leave or should I live?
Should I call you or should I give
Life the change to show itself.

Should I wait for the next girl to come
Or are you the only one?
Should I run in you direction
Before falling into another depression
Or should I take a decision for once in my life
Give myself the change to be happy with you
‘Cause I can’t stop thinking about our past, it’s true…


domingo, 2 de junho de 2013

Compulsão



Às vezes, nesta vida, damos cabeçadas na parede
Porque é essa a forma que a vida escolheu de nos fazer crescer
Qual pescador que vai à pesca sem rede
Qual poeta que tem medo de escrever.

Não olhava para trás duas vezes, sou sincero
Se eu pudesse, hoje, desfazer o que fiz
Eu aprendi tanto com este erro
Que seria agora muito mais feliz.

Letra da música:
"Waiting by the mailbox, by the trainPassing by the hills 'til I hear the nameI'm looking for a saw to cut these chains in half
And all I want is someone to rely onAs thunder comes a rolling downSomeone to rely onAs lightning comes a staring in again
I'll wait to be forgivenMaybe I never willMy star has left meTo take the bitter pill
That shattered feelingWell, the cause of, it's a lesson learnedJust don't know if I could roll into the sea againJust don't know if I could do it all againShe said, "It's true"
Waiting in my room and I lock the doorI watch the colored animals across the floorAnd I'm looking from a distanceAnd I'm listening to the whispers
And oh, it ain't the sameWhen you're falling out of feelingAnd you're falling in and caught againCaught again
I'm caught again in the mysteryYou're by my side, but are you still with me?The answer's somewhere deep in itI'm sorry but you're feeling it
But I just have to tell youThat I love you so much these daysHave to tell youThat I love you so much these days, it's true
My heart is in economyDue to this autonomyRolling in and caught againCaught again."