segunda-feira, 13 de maio de 2013

Graal



E eis que esse ventre sagrado
Se segrega diante de mim
Escorreito, perfeito, molhado
Qual flor a desbrotar de frenesim.

E tu gritas, porque no ventre te toco
Gritas de intenção, emoção, prazer
Pedes mais, que ainda te soube a pouco
Mergulhas num desejo de mais querer.

E toco eu, minha deusa, minha musa
Toco com as mãos e outras partes
Entro nesse teu leito que se ama e se usa
Tanto em matérias de amor como de artes.

Sinto-te agora gritar que me queres
Que me desejas, que me amas,
Entre espasmos, e orgasmos e prazeres
Entre calores, fogos, e chamas.

Grita, grita, grita
Se existe divino, estás agora a senti-lo
Esse teu gritar me excita
Só vendo esse prazer me sinto tranquilo.

Grita, grita grita!
Esse teu gritar me excita
Sinto-me imponente, potente, gladiador
Sinto-me imortal mergulhado no teu amor.

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