quinta-feira, 23 de maio de 2013

Até sempre





Eu quis que fosses eterno
Mas sucumbiste à injustiça da vida
Quis que esse teu sorriso doce e terno
Ou as delícias gastronomicas que fazias
Estivessem sempre lá para me receber
Nunca partissem desta forma, a sofrer.

Eu chorei, chorei muito, mas quando o teu corpo te traiu.
Chorei quando ele te deixou sem forças sequer para me dizeres o que pensavas
E eu sei que nestes dois anos, avô, tanto tiveste para nos dizer.

Eu quis, quis tanto saber
Até que ponto o teu amor à família era maior que esse sofrimento
E sei, tenho a certeza, que estás melhor agora
Este desespero acabou, levou-o o vento
Encontra o sossego que nos teus ultimos anos te foi roubado
Meu idolo, meu heroi, meu avô amado.

Já uso e para sempre usarei o teu nome
Porque este orgulho no exemplo que és para mim
Seguir-me-á até o meu ciclo chegar também ao fim.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Graal



E eis que esse ventre sagrado
Se segrega diante de mim
Escorreito, perfeito, molhado
Qual flor a desbrotar de frenesim.

E tu gritas, porque no ventre te toco
Gritas de intenção, emoção, prazer
Pedes mais, que ainda te soube a pouco
Mergulhas num desejo de mais querer.

E toco eu, minha deusa, minha musa
Toco com as mãos e outras partes
Entro nesse teu leito que se ama e se usa
Tanto em matérias de amor como de artes.

Sinto-te agora gritar que me queres
Que me desejas, que me amas,
Entre espasmos, e orgasmos e prazeres
Entre calores, fogos, e chamas.

Grita, grita, grita
Se existe divino, estás agora a senti-lo
Esse teu gritar me excita
Só vendo esse prazer me sinto tranquilo.

Grita, grita grita!
Esse teu gritar me excita
Sinto-me imponente, potente, gladiador
Sinto-me imortal mergulhado no teu amor.