terça-feira, 7 de dezembro de 2010


São amorfas,
Estas vidas entrelaçadas
Vistas por prismas indiscretos
Vistas por todos esses nadas.

São antropomórficas
Na medida em que se soubessem viver
Seriam vidas não perdidas
Pois nunca se poderiam perder.

E eu sou um gajo feliz
É isso o que a minha consciência diz
Porque compreendo as coisas de uma maneira
Que me permite suavizar cada asneira.

Sou esse tipo de gajo, acho
Que come e bebe que nem um cacho
Tragos de vida aos golos
Tragos de saudade aos molhos
E que vive aos pulos
Com o que vêem os seus olhos.

Assim quero continuar
Poetizando por poetizar.

Assim quero continuar a ser
Uma espécie de louco que até sabe
[mais ou menos]
Viver!

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