segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Rio de mim próprio


Image from: http://www.ahmanolo.blog.br/2013/01/parece-legitimo.html


Sou o primeiro dos mortais
A rir da sua própria ignorância
Em vez de rir dos demais.

Sou isso, porque é necessário demonstrar inteligência
Capacidade de ser, e de saber refinado
Para se dar uma gargalhada dirigida à sua própria pessoa
E deixar a vergonha passar ao lado.

Isto é, saber ter o recuo necessário
E aniquilar qualquer defeito primário
Como o orgulho, o ódio ou o cinismo.
Assim me retiro a mim mesmo do abismo
Assim uso esta filosofia de vida que me ensina:
Só rindo me mim mesmo poderei aprender algo.

Só tendo esta capacidade clássica e fina
Este amor ao que sou e vontade de rir disso
Consigo alcançar um nível razoável de vontade
Para trabalhar sobre mim, a minha comicidade.

Amo ser assim, embora reconheça,
Em boa verdade o admito
Que não consigo ser assim todo o tempo
Se o fosse, seria bastante esquisito
Mas uso o poder da minha cabeça,
Para olhar nos olhos a adversidade, e a finto
Num movimento de habilidade, a engano
E assim rio da minha própria desgraça:
É ou não é um bom plano?

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