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Sou o primeiro dos
mortais
A rir da sua própria
ignorância
Em vez de rir dos
demais.
Sou isso, porque é
necessário demonstrar inteligência
Capacidade de ser, e
de saber refinado
Para se dar uma
gargalhada dirigida à sua própria pessoa
E deixar a vergonha
passar ao lado.
Isto é, saber ter o
recuo necessário
E aniquilar qualquer
defeito primário
Como o orgulho, o
ódio ou o cinismo.
Assim me retiro a
mim mesmo do abismo
Assim uso esta
filosofia de vida que me ensina:
Só rindo me mim
mesmo poderei aprender algo.
Só tendo esta
capacidade clássica e fina
Este amor ao que sou
e vontade de rir disso
Consigo alcançar um
nível razoável de vontade
Para trabalhar sobre
mim, a minha comicidade.
Amo ser assim,
embora reconheça,
Em boa verdade o
admito
Que não consigo ser
assim todo o tempo
Se o fosse, seria
bastante esquisito
Mas uso o poder da
minha cabeça,
Para olhar nos olhos
a adversidade, e a finto
Num movimento de
habilidade, a engano
E assim rio da minha
própria desgraça:
É ou não é um bom
plano?