segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Alma Lusitana



Ora, ora
Só me faltava agora essa
2 minutos antes da hora
E já estão a começar a peça!

Tenham lá calma, espectadores
Que o Mundo não acaba amanhã
Esperem que venham aqueles senhores
Do tão famoso e imperdoável clã.

Sim, falo dessa classe pouco operária
Que adora brincar com o dinheiro alheio
Que mesmo tendo apenas a escolaridade primária
Lá arranjam um diploma que ninguém sabe de onde veio.

Queria muito que me fizessem o favor
Se não fosse muito chato
De desaparecer deste país laborador
Que o povo está um bacado farto.

Deixem o povo governar
Que ninguém mais tem competência
O dinheiro é de quem tanto trabalha para o guardar
E não desses que o ganham com indecência.

Devolvam Portugal aos portugueses
Que a mais ninguém ele deve pertencer!
Garanto-vos que em alguns meses
Se verá a alma lusitana a erguer.

sábado, 5 de outubro de 2013

Ode à minha Musa



É num fôlego de paixão que me encontro
É numa harmonia de razão que me vejo
Porque é assim, princesa abençoada
Que me sinto em cada beijo
Em cada noite encantada
Em cada fôlego de desejo.
É num limiar de felicidade que mergulho
É num encontrar de bondade que me espanto
Por cada vez que me olhas, ou ajes
Por cada coisa que fazes me encanto.
O que fazes por mim, meu amor
Ninguém jamais o fez, meu alegre pranto.
É num choro de pura emoção
Num grito de gloriosa imensidão
Que vejo em ti o que em mais ninguém encontrei
Porque és tão generosa, tão paciente, tão...
Tão emocionalmente segura, que jamais temerei
O facto de viver na física solidão.
Porque no fundo comigo estás
E comigo permanecerás.
É numa canção de amor
Que me encanta no seu esplendor
Que dou por mim a cantar
Sem sentir qualquer tipo de pudor
Sem medo de quem me possa escutar
Porque me tornas são, com o teu calor.
É num mar de certezas
Que vejo em ti a explicação
Para todas as teorias sobre a Fortuna
Todos os Dante, Einstein, Pessoa, Platão
Todos os sábios que tentaram explicar
Que raio de regozijo nos traz esta sensação.
Foi num reunir de júbilo
Mais puro, mais certo, mais redentor
Que me apeguei a este enorme dilúvio
Que me trouxe o teu carinhoso calor.
Por isso, princesa, algo em mim quis escrever
Um poema ao teu amor.
É num emaranhado de pureza
Numa imensidão que o meu coração acusa
Que me ajoelho à tua beleza
Que deixo que ela me seduza
Que aqui escrevo com requintada delicadeza
A Ode à minha Musa.