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Vê
Vê como tudo é tão simples
Vê como tudo é tão bem definido.
Sabe bem viver assim
Sem alarido,
Sem ruído, sem sentido.
Sabe bem ser assim,
Mais natural do que eu era
Mais poeta do que pudera
Com mais garra que uma fera.
Vê,
Sente, ouve a corrente
Vive como eu vivo, a viver para mim
A beber, fumar, foder,
Apenas porque isso faz parte do que é viver.
Sem aparências, sem reticências,
Sem demências, ou falsas clemências.
Vive, vê,
Sem porquê, nem para quê.
Porque esta é a única forma de a minha segunda pessoa na forma verbal
Poder dizer que vive a vida da forma mais radical.
Porque penso, hoje penso
Que se não viver nos limites
Se não aproveitar ao máximo isto porque estou a passar
Então quais momentos um dia poderei recordar?
Que histórias posso guardar em minha memória
Se a minha vida for o mínimo que seja irrisória?
A verdade é que sou eu quem está a fazer a minha história
Cheio de orgulho em cada palavra nela escrita
Cheio de verdade em cada palavra dita
Cheio de paixão em cada memória bonita.
Este sou eu, nada mais,
Quer agrade ou não agrade
A minha opinião conta
E não a dos demais.
Este sou eu, e de mim gosto
Sem pensar no que mostro
Sem querer mais do que me é destinado
Sem pôr ninguém, nada, nunca, de lado.
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