terça-feira, 30 de agosto de 2011



Estas imparáveis chamas de ameaço
Ao meu viver
Este brasido, este labirinto, este cansaço
Acabam apenas por me dar mais poder.

Porque eu sou forte
Amando assim, até à morte
Porque eu sou espírito de amor encarnado
Num ser que não vive sem ser amado.

Sou isto, farto de rodeios e obstáculos rodeados
Farto de rédeas e redes à minha liberdade emocional
Que não me estavam a deixar escrever poemas.
Hoje disse 'Basta!' aos bastões armadilhados
Disse 'Chega!' a esta estúpida negatividade irracional
Disse 'Sim' a ti, amor, fonte da minha inspiração
Solução e apoio nos meus dilemas.

Diálogo



Disse a minha reflexão ao meu devaneio:
"- Estás a ser irracional, pensa logicamente!
Porque o dono desse teu cérebro afinal é gente!
Não escravo preso que faz o patrão pançudo encher a pança
Olha bem para a tua aliança, pensa nessa mulher
Irá ela aceitar que dês de comer
A quem já te comeu vivo?
Segue o teu destino, trabalha para ti, adormecido
Adormeceste na dócil sensação de carinho
Que afinal era ilusão, espinho!
Sê homem, vive, ama!
Ou morrerás sem chama."

A reflexão tinha toda a razão
E o devaneio tornou-se racionalidade:
O dono do cérebro descobriu a felicidade.